Rio, São Paulo e Curitiba terão as primeiras Varas Federais de lavagem de dinheiro

Rio, São Paulo e Curitiba terão as primeiras Varas Federais de lavagem de dinheiro

As cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba contarão com as primeiras varas federais especializadas no julgamento de crimes de lavagem de dinheiro. A médio prazo, a expectativa é de que as principais cidades brasileiras venham a contar com magistrados especializados na investigação e julgamento desses delitos. O anúncio foi feito pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Nilson Naves, após a posse do novo presidente do Tribunal Regional Federal (TRF) da Segunda Região (RJ), desembargador Valmir Martins Peçanha.

Dados de organismos internacionais indicam que o movimento financeiro do crime organizado chega a US$ 10 bilhões. Para o ministro Nilson Naves, a lavagem de dinheiro é uma das principais atividades dos criminosos. As quadrilhas atuam também no tráfico de entorpecentes e contrabando de armas. "Dentro de 60 dias teremos criado as varas especializadas. Por quê? Os juízes vão estar aparelhados. Vão contar com assessores especializados. O Ministério Público e a Polícia Federal também terão está infra-estrutura", disse o ministro Naves.

Apesar de o Podee Judiciário ter sido submetido a contigenciamento no orçamento para este ano, Nilson Naves acredita que não haverá dificuldades para a implantação das varas federais especializadas. O presidente do STJ explicou que a montagem deste braço no Judiciário é fruto de um trabalho desenvolvido pelo Conselho da Justiça Federal (CJF). Um grupo de especialistas sob o comando do ministro Gilson Dipp, do STJ, analisou a lei número 9613, de 1998, e fez algumas recomendações às autoridades brasileiras. Dentre elas foram sugeridos o cadastro nacional de correntista, as varas federais e o arquivamento por prazo maior de dados telefônicos. Na avaliação do ministro Naves, essas varas especializadas já começam a ser instaladas dentro de dois meses. Ele explicou que este assunto foi submetido ao crivo dos integrantes do CJF em reunião que ocorreu no Recife.

Esta notícia foi publicada originalmente em um site oficial (STJ - Superior Tribunal de Justiça) e não reflete, necessariamente, a opinião do DireitoNet. Permitida a reprodução total ou parcial, desde que citada a fonte. Consulte sempre um advogado.
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