Dicas de um sobrevivente para o Exame da Ordem dos Advogados do Brasil

Dicas de um sobrevivente para o Exame da Ordem dos Advogados do Brasil

O exame da Ordem dos Advogados do Brasil há muito tempo tira o sono, a tranqüilidade e a saúde dos bacharéis em Direito. Isso é natural já que passamos cinco anos estudando e queremos colher as recompensas do nosso esforço, além de obter um atestado da nossa capacidade.Vale frisar que a prova...

O exame da Ordem dos Advogados do Brasil há muito tempo tira o sono, a tranqüilidade e a saúde dos bacharéis em Direito.

Isso é natural já que passamos cinco anos estudando e queremos colher as recompensas do nosso esforço, além de obter um atestado da nossa capacidade.

Vale frisar que a prova sofreu modificações constantes e, pelo que eu consegui verificar, já que também estudei e passei por ela, do mesmo modo que vários amigos meus, o teste ficou, com o tempo, muito mais difícil. O exame, há muito tempo atrás, todos sabem, era feito nas salas de aula das faculdades e, de acordo com pessoas que eram dessa época, em conversa particular, disseram-me que a referida prova era muito mais fácil do que é atualmente.

Como resultado dessa constatação, há aí duas visões possíveis, àquele que vai fazer a prova: (1) está mais difícil, então, estou ferrad... ou pode-se pensar que (2) está mais difícil, então, a vitória será maior e mais gloriosa.

Conheço amigos que pensaram da primeira forma e que sequer conseguiram fazer a prova, haja vista que de tão nervosos, passaram mal no dia. Perderam, naturalmente, tempo e dinheiro, bem como foram atingidos gravemente em sua confiança. Assim ,verifica-se que ficar nervoso não é algo bom, pois não dá ponto, nem ajuda de alguma forma na aprovação.

Ao revés, conheço os que pensaram da segunda forma, e eles, com maior ou menor esforço, superaram mais um obstáculo da vida, em ascensão aos seus sonhos. Logo, o melhor estado mental deve ser o segundo.

Outra coisa eu constatei, todos que eu conheço que se dedicaram aos estudos na faculdade, fizeram um bom estágio e, no dia da prova, estavam calmos, passaram sem maiores dificuldades. Isso é certo.

Na verdade é algo óbvio. Se analisarmos os competidores esportivos, veremos que eles se dedicam aos treinos (o que equivale aos nossos estudos e ao bom estágio feito), e quanto ao estado mental, é só analisar a concentração dos grandes vencedores, que imaginam-se no podium com a medalha de ouro e para tanto, dão tudo de si e, ao final, vencem.

Com efeito, não há fórmula mágica, há, sim, relação de causa e efeito e um pouco de sorte.

Não obstante, se alguém não passar na primeira vez, ou mesmo, nas primeiras vezes, o único caminho é continuar tentando até a vitória final. Como vocês sabem, não há mágica.

Nesse passo, existem pessoas que sentem dificuldade na primeira fase, outras, na segunda. Percebi que na primeira fase a proporção, em média, é essa: 40 pontos para quem não estudou e tem azar; 50 pontos para quem não estudou e tem sorte; 60 pontos para o aluno que estudou apenas para passar nas provas da faculdade; 70 pontos para quem estudou bastante; 80 pontos ou mais para quem ama estudar e sempre estudou. Essa é mais ou menos a média, sem considerar algum gênio, que não entraria nos parâmetros elencados.

No atinente à segunda fase, a fórmula, além do estudo e do estágio (muitos conseguem passar sem ter feito estágio), é ter tranqüilidade na hora de ler o problema e as questões. Outrossim, fazer um "esqueleto" ou roteiro da peça com a idéia principal de cada parágrafo é essencial. Para responder adequadamente às perguntas, é só consultar os livros, ou seja, necessário uma bolsa cheia de bons livros - leve uma bolsa de rodinhas.

Outra estratégia boa, na prova, quando você estiver muito cansado, você deve ir ao banheiro para lavar o rosto, respirar etc. Ou mesmo, a cada dez questões, na sala, beba um gole do seu suco, coma aquela barrinha de cereal sem gosto, respire e volte a marcar pontos.

Por fim, não ceda às pressões de parentes, amigos ou conhecidos. Concentração e foco, pois não se esqueça: a aprovação só depende de você.

Sobre o(a) autor(a)
Carlos Eduardo Neves
Analista de Promotoria (Assistente Jurídico) do Ministério Público do Estado de São Paulo. Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito de Sorocaba (FADI). Foi estagiário, por 2 anos, na Defensoria Pública do Estado de São...
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