Violência, família, educação

Violência, família, educação

Abordagem sintetizada sobre a violência, suas causas e algumas críticas à falta de combate eficaz.

Quem causa violência? O Álcool? E a Educação? Quem é a causadora da paz? Estas são questões que se põem à mesa, se discutem no cotidiano, porém, as opiniões são múltiplas e o consenso nunca é atingido, afinal, tudo é causa a partir da inércia do poder público que “fechou os olhos” e deixou de agir com aplicação de medidas necessárias para combater a violência. Caminhamos céleres para o descontrole social, que, nas grandes cidades brasileiras já acontece, como vimos com bastante clareza.

Mas, para pensar em paz temos que necessariamente olhar para a célula maior de nossa sociedade: A família. É nela que nos escoramos em todos os momentos que precisamos de paz. Ela é a nossa referência para todos os caminhos que devemos seguir. É da família que saem as decisões mais eficazes de nossas vidas. Da família surge a educação. E educação no sentido “lato” não significa saber ler, saber escrever, saber fazer cálculos, enfim, isto, vamos aprender um dia se formos educados por nossos familiares a seguir o caminho do aprendizado técnico.

Ora, a violência tem seu cálice de sustentação nos diversos desvios que o ser humano vem enfrentando. Entretanto, este enfrentamento surge diante da falta de oportunidades. Hoje, há um individualismo exacerbado implantado no homem e este ao buscar seu direito o tenta consegui-lo mesmo que seja em detrimento do direito dos outros, passando por cima de tudo e de todos, gerando desavenças e por conseguinte mais violência.

Quanto ao álcool não temos dúvidas que é fator gerador de violência. Basta ir a uma delegacia plantonista ou a um hospital de emergência ou mesmo dar uma “voltinha” na cidade. Não há disciplinamento do poder público quanto ao horário de funcionamento, ou, se há, ninguém cumpre, pois, a fiscalização não existe ou não é suficiente. As autoridades até que concordam em limitar o funcionamento destes estabelecimentos, estipulando um horário, entretanto, se enfraquece diante do reclamo dos proprietários ao afirmar que: - “o fechamento vai gerar desemprego.

A título de exemplo, reproduzo aqui uma reclamação que ouvi de um moto taxista de uma cidade do interior do meu Estado, o qual se lamentava: “a partir do mês vindouro muitos pais de famílias vão ficar sem o ganha pão se não tirar a carteira de habilitação” – Estranho as palavras do profissional, e ao perguntar o porquê, estranhei ainda mais: - “é que o município resolveu municipalizar o trânsito, sinalizar a cidade, criar a autarquia que irá fiscalizar, inclusive exigir o uso do capacete para os motoqueiros e a carteira de habilitação...”. Veja só a mentalidade. Pelo que entendi, o município vai cumprir a lei e exigir do cidadão, o mesmo. É que cidadão é pessoa que tem direitos e obrigações. E não podemos nem devemos deixar de cumprir nossos deveres, sob pena de não adquirir o nosso direito, que o nosso “profissional”acima referido deseja, entretanto, de maneira ilegal, ou seja, pondo em risco o usuário e a si próprio, sem dúvidas.

E é neste sentido que muitas vezes nos sentimos frágeis diante de situações que ocorrem no dia-a-dia da cidade e do campo, onde os homens matam, roubam, furtam, estupram, enfim, cometem os mais hediondos atos e ninguém surge ou se rebela para, se não acabar, pelo menos começar a fazer alguma coisa que possa diminuir tanta violência, lembrando que não adianta aumentar o número de policiais, não é criando quartéis, delegacias ou postos policiais que tudo isto vai acabar. Entendo que está faltando combater a venda indiscriminada do álcool, que está faltando oportunidade ao adolescente, que a família está em crise e que viver em PAZ só é possível se resgatarmos os valores que estão adormecidos. A FAMÍLIA e a EDUCAÇÃO.

Sobre o(a) autor(a)
Franco Pinheiro
Funcionário Público
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