Aborto é direito à liberdade ou sentença de morte?, questiona representante do CNLB
A representante do Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB) na Arquidiocese de Aracaju (SE), médica Sílvia Maria de Vasconcelos Palmeira Cruz, convidou os participantes da audiência pública que discute a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação a refletir. “Aborto é direito à liberdade, à autonomia (das mulheres), ou uma sentença de morte?”, questionou.
Ela afirmou que o momento da fecundação, quando um único ser é produzido, fruto do material genético de dois seres humanos, é o marco do início vida. “Todos os dados científicos apontam que a vida humana tem início no momento da concepção. A hipótese de que a vida humana se iniciaria com a formação do sistema nervoso central e com a presença de rudimentos da consciência, o que ocorre após o terceiro mês de gestação, não tem qualquer base científica”, disse de forma taxativa.
A médica alertou para a narrativa que defende a autonomia da mulher para abortar e anula a autonomia do zigoto até o terceiro mês. Segundo a médica, esse discurso deixa explícito que o feto, até doze semanas, não tem valor. “A partir de doze semanas e um dia essa vida teria valor?”, questionou. “Isso não passa de uma visão filosófica-ideológica de vida, que deve ser respeitada, mas que não tem qualquer base científica”, concluiu.