A internet e as eleições

A internet e as eleições

Tramita no Congresso Nacional Projetos de Lei que dizem respeito à regulamentação do uso da internet como meio de propaganda eleitoral.Todos sabem que a internet foi uma ferramenta que auxiliou muito Barack Obama a se eleger Presidente nos Estados Unidos da América. No Brasil, os legisladores...

Tramita no Congresso Nacional Projetos de Lei que dizem respeito à regulamentação do uso da internet como meio de propaganda eleitoral.

Todos sabem que a internet foi uma ferramenta que auxiliou muito Barack Obama a se eleger Presidente nos Estados Unidos da América. No Brasil, os legisladores atentos a essa realidade seguem pelo mesmo caminho e, em sessão plenária, apontaram alguns bons aspectos, tais como: diminuição significativa do custo da campanha eleitoral, aproximação dos eleitores com o seu candidato, facilitação de acesso às propostas dos candidatos, além da modificação do modo de financiamento das campanhas.

Quanto ao modo de financiamento das campanhas eleitorais, no Brasil, vige o sistema misto, ou seja, o setor privado, mediante as grandes empresas e, ainda, o Poder Público, por meio do Fundo Partidário e das propagandas na televisão e rádio. Mas, realmente quem paga são os cidadãos já que o dinheiro público é de todos e, ademais, as empresas privadas, por sua vez, repassam os custos aos seus produtos e serviços.

De acordo com o projeto do Legislativo, o candidato deve informar qual o seu site oficial. Assim, por meio dele poderão ser feitas doações, até mesmo, pequenas, por parte de simpatizantes.

Os Deputados Federais salientam que a internet não será um meio livre de regras.  Assim, será proibido fazer montagem ou outro recurso que degrade ou ridicularize candidato ou partido; dar tratamento privilegiado a candidato; fazer propaganda em filmes, novelas ou minisséries; ou divulgar o nome de página eletrônica que se refira a candidato etc. Já para os particulares o âmbito de liberdade será maior quanto à propaganda a favor do candidato que ele se afine.

É perceptível que surgirão muitos problemas, ou melhor, novos problemas, já que nas eleições sempre houve desvios de conduta e muitos incidentes. Com isso, alguém poderá hospedar um site falso de um candidato lá em um país distante e o controle será bem mais difícil de ser realizado. O risco é enorme.

Entretanto, a internet poderá, no processo eleitoral, trazer amadurecimento e maior participação dos cidadãos em todas as fases da disputa eleitoral. Será possível, com efeito, que se aumente o engajamento político da população, conquanto nem todos tenham acesso à internet.

Por fim, os Deputados Federais chamaram atenção para a necessidade de outras discussões e reformas, como o parlamentarismo, voto distrital etc.

Sobre o(a) autor(a)
Carlos Eduardo Neves
Analista de Promotoria (Assistente Jurídico) do Ministério Público do Estado de São Paulo. Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito de Sorocaba (FADI). Foi estagiário, por 2 anos, na Defensoria Pública do Estado de São...
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