Representante de TVs quer manter conteúdo gratuito em todos os meios
Durante a primeira reunião do Conselho de Comunicação Social (CCS) de hoje, o representante das empresas de televisão, Gilberto Carlos Leifert, questionou o superintendente-executivo da Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil), César Rômulo Silveira Neto, sobre como seria possível manter gratuito, nos novos meios tecnológicos de difusão, o acesso ao conteúdo das rádios e TVs abertas, quando transmitidos por empresas de telecomunicações.
- As rádios e TVs abertas transmitem conteúdo sem ônus para o público - defendeu Leifert.
Silveira Neto, no entanto, disse acreditar que o que é distribuído pelas rádios e TVs abertas não é de graça.
- Quem paga é o consumidor dos produtos que são anunciados durante a programação. Os preços desses produtos já têm um componente destinado a pagar a verba publicitária - afirmou.
O especialista em telecomunicações afirmou que a mesma lógica funciona na telefonia fixa, em que os usuários das classes A e B subsidiam os terminais de telefonia fixa que não têm viabilidade econômica. Como solução, Silveira Neto sugeriu que um aumento no poder de compra do cidadão também traria aumento no poder de compra do anunciante, que injetaria assim mais recursos nos meios de radiodifusão.
Após essa intervenção, o presidente do Conselho, Arnaldo Niskier, encerrou essa parte da reunião, que será reiniciada às 14h30.