Juízes temem perdas de trabalhadores com nova Lei de Falências

Juízes temem perdas de trabalhadores com nova Lei de Falências

Os juízes do trabalho temem que os trabalhadores fiquem no prejuízo com as mudanças na lei de falências. O presidente da Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho), Grijalbo Coutinho, disse que com a nova lei o "trabalhador terá que dar sua cota de contribuição para ajudar a empresa".

A nova lei mantém os trabalhadores como os primeiros da lista a receber os direitos, mas os juízes do trabalho enumeram uma série de pontos que mostram que os bancos podem ter preferência. No entendimento da Anamatra, o texto permite que um bem dado como garantia num empréstimo bancário pode ser convertido em dinheiro e o credor passa a ter prioridade no recebimento.

Para os juízes do trabalho, a recuperação judicial abre brecha para mudança nos contratos de trabalho. Hoje, na concordata os contratos de trabalho são mantidos na íntegra.

O juiz Grijalbo Coutinho disse entender que o pagamento de direitos como décimo-terceiro salário, férias e FGTS podem entrar "no bolo" da recuperação da empresa e os funcionários demorariam mais tempo para receber.

Outro ponto questionado pelos juízes diz respeito à sucessão trabalhista. Segundo o presidente da Anamatra, hoje "quem compra uma empresa falida compra tudo, inclusive o passivo trabalhista". A nova lei abriria a possibilidade de o passivo trabalhista ser transferido para a "massa podre".

Esta notícia foi publicada originalmente em um site oficial (Agência Brasil) e não reflete, necessariamente, a opinião do DireitoNet. Permitida a reprodução total ou parcial, desde que citada a fonte. Consulte sempre um advogado.
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