Carregador de tacos de golfe foi reconhecido como empregado
Um carregador de bolsa com tacos de golfe para o atleta jogar – denominado “caddie” – foi reconhecido como empregado do clube, apesar dos argumentos da outra parte de que não havia entre os dois nenhuma relação de emprego, tanto que sua remuneração era paga diretamente pelos jogadores.
A relação
empregatícia, reconhecida em sentença de primeiro grau, mantém-se, após
a Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho negar rejeitar agravo
de instrumento do clube.
A circunstância de o trabalhador ser pago diretamente pelos
usuários, ao invés de receber do empregador, não é motivo para
desnaturar a relação de emprego, pois existem exceções à regra, a
exemplo do caso dos garçons, informou o ministro Walmir Oliveira da
Costa, que analisou o recurso do clube na Primeira Turma. Ficou claro
que o empregador beneficiava-se da força de trabalho do empregado, pois
o seu serviço estava diretamente ligado à atividade-fim do clube,
esclareceu.
De acordo com o relator, o acórdão do 15º Tribunal Regional
(Campinas-SP) atestou que os serviços prestados pelo “caddie”
caracterizaram a relação empregatícia, de forma que qualquer decisão
contrária demandaria o revolvimento de fatos e provas, que não é
permitido nesta instância recursal, como estabelece a Súmula nº 126 do
TST.
Por unanimidade, a Primeira Turma rejeitou o agravo de instrumento do empregador, ficando reconhecida a relação empregatícia.